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Abandono do local de acidente chega a 203 casos em 2016

Se envolver em um acidente e abandonar o local da ocorrência pode gerar penalidades, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito (CTB) e o Código Penal. Apesar disso, o número de usuários que não pararam, seja para prestar socorro ou para registrar o ocorrido na BR-163, BR-364 e na rodovia dos Imigrantes, chegou a 203 casos em 2016, conforme dados da Concessionária Rota do Oeste. Desse total, 70 usuários não pararam após se envolver em acidentes que geraram 93 vítimas e cinco usuários não pararam após acidente com mortes.

Os usuários que se envolvem em colisões traseiras são os que mais abandonam o local da  ocorrência, pois foram registrados 98 casos em 2016. Esse tipo de acidente é ainda o que gera mais feridos: foram 32 no ano passado. Já os atropelamentos são os que mais geraram mortes nesse ano, com três casos registrados.

Quando ocorre um acidente, é aconselhável que os envolvidos acionem a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para realizar o registro do fato. Se o local do estiver localizado no trecho sob concessão da Rota do Oeste, da divisa com Mato Grosso do Sul a Sinop, os usuários podem ainda acionar atendimento por meio do número gratuito 0800 065 0163.

“Em caso de acidentes, é importante acionar o Centro de Controle da Concessionária, pois a equipe de socorristas pode verificar a necessidade de atendimento das vítimas”, comenta o gerente de tráfego da Rota do Oeste, Fernando Milléo.

De acordo com o artigo 176 do Código Brasileiro de Trânsito, é considerada infração gravíssima os usuários que se envolverem em acidentes e não prestarem socorro à vítima, assim como não sinalizarem o local ou não preservarem o local do crime. Já o Código Penal prevê detenção de seis meses a um ano ou multa aos condutores envolvidos que deixarem de prestar atendimento à vítima.

Na opinião do superintendente da PRF em Mato Grosso, Arthur Nogueira, se o usuário que se envolveu em um acidente deixa o local da ocorrência, ela não é registrada e prejudica as vítimas. “Quando alguém não presta socorro, pode estar colocando em risco a vida de alguém, pois perde-se um tempo precioso até que outro usuário pare no local ou avise a polícia e a Concessionária”, afirma.

O que fazer

O médico João Tatsuro Katsuyama Júnior, coordenador que faz parte das equipes da Rota do Oeste, orienta ainda que, ao entrar em contato com a Concessionária, o usuário passe informações detalhadas sobre a cena do acidente, como o número de vítimas e se elas estão conscientes, quantidade de veículos, se há produtos perigosos no local, etc. Desta forma, serão enviadas ao local as viaturas necessárias ao atendimento. “Não é aconselhável movimentar os envolvidos que estão feridos, pois isso pode agravar o estado do paciente e causar sequelas”, diz.

A Rota do Oeste possui 18 Bases de Serviço de Atendimento do Usuário (SAUs) ao longo dos 850 quilômetros do trecho sob concessão, que são acionadas pelo Centro de Controle para atendimento nas rodovias BR-163, BR-070 e BR-364. Nas bases, estão distribuídas 13 ambulâncias Unidade de Suporte Básico (USB), equipes formadas por três socorristas, e cinco ambulâncias Unidades de Suporte Avançado (USA), equipadas com Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) móveis e equipes formadas por um socorrista, um enfermeiro e um médico.