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BR-163: tombamento é o 2º tipo de acidente mais frequente entre caminhoneiros

Os tombamentos são o segundo tipo de acidente mais recorrente entre os veículos de carga que trafegam o trecho sob concessão da BR-163, em Mato Grosso, ficando atrás somente das colisões traseiras.  A falta de atenção, o excesso de velocidade, o uso de telefone celular e a carga mal acondicionada são apontados como principais causas para os registros.

De janeiro a abril de 2019, a Concessionária Rota do Oeste registrou 102 tombamentos envolvendo caminhões e carretas, 4% a menos que o atendido no mesmo período de 2018.  O levantamento demonstra ainda que o número de ocorrências no trecho já duplicado, de Itiquira a Cuiabá, é idêntico à quantidade de casos registrados na região norte, de Cuiabá a Sinop: 50 ocorrências em cada um. A rodovia dos Imigrantes (BR-070) somou dois casos. 

Para atender os motoristas que se envolvem nesse tipo de acidentes, a Concessionária dispõe de bases de atendimento a cada 47 km, 18 guinchos e equipes de resgate. O gerente de Operações da Rota do Oeste, Wilson Ferreira, afirma que todos os motoristas que trafegam pelo trecho sob concessão da BR-163 podem acionar a empresa para ter acesso aos serviços oferecidos e reforça que nenhum valor, além do pedágio, é cobrado por isso. Um exemplo do serviço sendo prestado foi registrado na última semana na rodovia dos Imigrantes, em Cuiabá, onde uma carreta carregada com gado tombou (confira o vídeo).

“Antes da Concessionária atuar na BR-163, a contratação de um guincho particular para destombamento de uma carreta, por exemplo, não saia por menos de R$ 3 mil. Hoje, o motorista tem a tranquilidade de contar com as nossas equipes em um momento de urgência e emergência, sem a preocupação de ter que desembolsar qualquer quantia. A gama de serviços oferecidos pela Concessionária representa economia direta para o motorista”, explica.

Proprietário de caminhão, Marcelo Antônio Angst precisou utilizar o serviço de guincho da Rota do Oeste depois que um funcionário tombou o veículo na região de Santa Elvira, região sul da rodovia. Embora contasse com seguro do caminhão, ele optou pelo serviço da Concessionária e relata que ficou satisfeito.  “Como estava na rodovia e tinha a Rota do Oeste para atender, não acionei o seguro. Em meia hora o serviço estava concluído pelas equipes da empresa, que também socorreram o meu motorista. Ele não chegou a ficar ferido, mas recebeu o atendimento médico”, relembra Angst.

Segurança – O chefe da 6ª Delegacia da SRPRF-MT, inspetor Leonardo Ramos, relata que independentemente do tipo e das condições da via, as más práticas na direção de veículos são constantemente observadas nas rodovias brasileiras. A postura resulta em comprometimento da segurança, em especial na BR-163, pela condição de trânsito majoritariamente formado por veículos de carga. “A observação de regras básicas do Código de Trânsito Brasileiro pode significar a prevenção da maioria dos tombamentos de veículos de carga, a prevenção de prejuízos materiais e pessoais aos motoristas e terceiros”, recomenda o inspetor.

Ramos aponta que entre as condutas responsáveis por grande parte dos acidentes envolvendo caminhões na BR-163 está a negligência quanto à distância de segurança entre os veículos. “Ao dirigir excessivamente próximo ao veículo da frente, o condutor perde visibilidade dos eventuais perigos ou obstáculos à frente, inviabiliza a ultrapassagem dos veículos menores e mais rápidos e a pior consequência: perde tempo para responder a alguma adversidade, tais como um frenagem inadvertida do veículo que segue à frente, um defeito na via ou uma parada repentina do fluxo”, explica.

Outro grande vilão do trânsito, que termina resultando em tombamentos de veículos de carga é o telefone celular. “É muito comum que os tombamentos sejam registrados em locais onde há o sinal das operadoras de telefones móveis. A combinação de direção de veículos de carga com telefone celular é perigosa em rodovias”, afirma Ramos.

Por fim, o inspetor pontua que o mal acondicionamento de carga, principalmente a de algodão, também contribui para os tombamentos, uma vez que causa a instabilidade do veículo e compromete a segurança.